sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Cónta-me pasteladas...

Falorpas, copinhos, miudos coma grans de area, siguem o seu caminho deijándo-se caer amodinho na húmia e nocturna rúa. Na cassa tudo ule bem: umha pequena rapariga tenta pendura-las bolinhas estrelecidas numha árbore de plástico, vermelha; ao achegares-te á pota, quassem podes come-las castanhas cocidas mailo doce anís do bem que arrecendem. Tudo vai bem, pro... apágase a luz...

Demassiada escuridade que nom che deija ver máis além do que tes enfrente e, pregúntas-te, será verdade? Nom habería que pensar em saír deiquí? "Pra que?", pensas, se ao fin e ao cabo nom se está tam mal... mal... mal... mal. Na cama poussas-te, semelhas um cam febril que só busca finar em paz inda sem percatar-se. Pensas, dessejas profetas de seda e roupa velha, lúa chea, lóstregos, lóstregos, ceos cubertos, seguridade na habitaçóm do lado, no peto da túa pel, agridoce e infinita espiral... joder, quem cho diría? Quem caralho che ía dizer que o que sempre buscaches já estaba dentro de ti?? Quem??... Pesquissas pela luz... pesquissas pela luz... a luz... nom está a luz... quem cona levou a luz...? luz...? LUZ...?


Abre-los olhos e respiras... sitúas-te... a túa avoa acérca-che ums sachos de lenha pra quentar máis a cocinha. Fai frío. Tua irmá segue a colocar a um mesmo nivel todas aquestas bolas que estabam na caijinha das caralhadas do nadal... Fora segue nevando aos poucos...

...e tu preguntas-te, já é a hora?

Nenhum comentário: