domingo, 28 de dezembro de 2008

Faros fundidos...

Velaí venhem os demos... comeszam subindo pelas minhas costas quentando-me por dentro, febrilmente, trepam pela minha gorja e introdúcen-se salvajemente na minha cabeça... deí nom saem, deí ficam até bem entrada noite, onde, nos meus sonhos, axítan-se com violemça e fam estragos no meu ser. "Bum! Bum! Bum!", noite de dianhos, sudor e pessadelos. "Que cabróms! Nom cessam no seu intento de tolear-me...!"

Sae o sol mailos seus primeiros feixos. Nom é que tenhas raçóm, penso, simplemente nom som quem de sacar-cha, de fezer-me comprender que dum xeito extranho esta excursióm voltou-se num túnel que nom deija ve-la súa saída, nom há luz ao final, nom há...

- Nom há por que preocuparse. Nom tódolos tuneis tenhem saída, pro sim entrada. Se cadra, há que retoma-lo caminho dende outro tunel.... borra isso...

- Borra isso? E umha merda! Coido que nom me tomas em serio!

- Em serio...?

Fala, fala, fala... fai-no já. Querem a súa vida, nom a deles. Querem ataques ao coraçóm, tam só pra saber que siguem vivos. Passivo-agressivos. Tolos, irracionais... tenhem raçóm inque, dum xeito angustiado, tentam, passo a passo, chegar ao final disse túnel, chegar a issa luz... naide quer que o consiguam.

- Sabes que? Vende a minha entrada... quero sabe-lo tudo sobre o final...
- Nom che entendo... nom o entendo... nom serás... como vejas. Até pronto...!

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Cónta-me pasteladas...

Falorpas, copinhos, miudos coma grans de area, siguem o seu caminho deijándo-se caer amodinho na húmia e nocturna rúa. Na cassa tudo ule bem: umha pequena rapariga tenta pendura-las bolinhas estrelecidas numha árbore de plástico, vermelha; ao achegares-te á pota, quassem podes come-las castanhas cocidas mailo doce anís do bem que arrecendem. Tudo vai bem, pro... apágase a luz...

Demassiada escuridade que nom che deija ver máis além do que tes enfrente e, pregúntas-te, será verdade? Nom habería que pensar em saír deiquí? "Pra que?", pensas, se ao fin e ao cabo nom se está tam mal... mal... mal... mal. Na cama poussas-te, semelhas um cam febril que só busca finar em paz inda sem percatar-se. Pensas, dessejas profetas de seda e roupa velha, lúa chea, lóstregos, lóstregos, ceos cubertos, seguridade na habitaçóm do lado, no peto da túa pel, agridoce e infinita espiral... joder, quem cho diría? Quem caralho che ía dizer que o que sempre buscaches já estaba dentro de ti?? Quem??... Pesquissas pela luz... pesquissas pela luz... a luz... nom está a luz... quem cona levou a luz...? luz...? LUZ...?


Abre-los olhos e respiras... sitúas-te... a túa avoa acérca-che ums sachos de lenha pra quentar máis a cocinha. Fai frío. Tua irmá segue a colocar a um mesmo nivel todas aquestas bolas que estabam na caijinha das caralhadas do nadal... Fora segue nevando aos poucos...

...e tu preguntas-te, já é a hora?

sábado, 13 de dezembro de 2008

Sangue, azucre, sexo, maxia...


Nom há tempo pra dessenredar-se, já estamos caendo em picado. O vento asubiándo-nos nas orelhas e enfriando a punta do nosso nariz, a choiva molhando os nossos corpos num berro e as luces indicándono-lo caminho e dizéndo-nos que o tempo nom nos afogará por agora.

Dende a fronteira, umha ola marca o seu passo, soando coma umha nana. A ras do chao, tudas aquestas estrelas que prometémo-nos que nos baijariamos dende o telhado máis alto do mar. Namentras, umha gota de tinta cae enriba dum papel baleiro, enchendo tudo este de grafías intelixíveis que vam trocando de forma según se vam juntando umha com outras, ao seu pracer.

Golpea, forte, o teu olhar no meu coraçóm... fica atrapada a minha raçóm...

Primeiras conversaçóms.
Nacem o pianista, a mazá mailo piano... quem saberá o que lhes agarda...?!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Nom há bolachas pra almorzar...