sexta-feira, 10 de abril de 2009

DMB


Tam louco e errático que já apenas pos ver o que che presta além dos teus sensos de pedra caliza... postrado no meu leito que agás um sorrisso podo esbozar e vagamente lembro as caminhatas de escuras lembranzas que o plenilunio me deija entrever além dos meus olhos...

E hai deus...! Hai deus se esta andurinha queda d'ouro permanente fica entreve-la andurinha de ás prateadas levantando o voo que de boas a primeiras semelhou espreitar...

Quedo, canso, olvido, esquezo e lembro coissas das que nom quero que os meus sensos se deijem ver... penduro dum anaco de soussa as notas que com desdém deijo caer, provocando se cadra, algúm assolagamento cheio de escuras nubes que nom esquecem lembrar nem o máis escuro sol... e amanece cedo, e tarde, e entre o lusco e fusco e berro, passeninho, algúm doce algodóm que aturuxe do xeito que ieu fago, catársonas de lume, fogo translúcido, incoherentes sochantos além meu profundo ser arrouje...

Tenho medo, e abur lhe digo aos meus medos, vomitando tudo quamto tenho dentro, que nom quero quentes verbas de caleidoscópica traiçóm tremendo pelo senso esquemsido, prosseguindo coa minha ambiçó... minha mau sostém a cabezça e sinto o meu ser palidecer entre arcos de velhas de branco e negro tacto, e lembro como olhaba meu ver...

Vem, vem, vem... nom máis lonje, senom muito máis preto. Retumba na cheia lúa quamto tu máis queras ver... e nom sinto, déijo-me erguer por brancas cores de luz tenua que levam os meus dedos escrever, tanto e como tu queiras, realmente, tanto tem.

E pum, pum, pum, ... de novo. Volta ao antroido seco, de grises e duras folerpas, perforando tudo e quamto olhas, lembras, miras, vejas, e sol... LÚA!!

Berra tam profundo que nem tam sequera ti te ouvas!! Destroza tudo e quamto palpasses, até que nom quede nem mar nem lóstrego que aturunlhar. Transfórma-o em grisáceas caléndulas palprejando num azul luar... luar... luar... luar... meu deus... e manhá...?!?

Tudo e quanto queres, inque embora nom o vejas, está eiquí dentro... atréves-te?

Beijo rula. Embárco-me no máis soleado satélite até máis ver...!

Nenhum comentário: